quinta-feira, 17 de setembro de 2009

GRIPE SUÍNA

A gripe suína, conhecida também por gripe dos leitões ou influenza suína é uma doença infecciosa aguda do trato respiratório, que cursa com alta morbidade e baixa mortalidade. É uma zoonose e esta amplamente disseminada na Europa Central e América do Norte.
É causada por um vírus da família Ortomyxoviridae, que compreende somente os vírus da influenza, com os tipos A, B e C. Devido a sua associação com grandes pandemias, o vírus mais importante dentre estes é o vírus Influenza tipo “A”. Os vírus da influenza são subdivididos em tipos com base nas características antigênicas das glicoproteínas, que se encontram no envelope do vírus, denominadas Hemaglutinina (H) e Neuraminidase (N). O tipo que classicamente afeta os suínos é o H1N1, o qual pode também infectar o homem, cavalo e algumas aves.
A gripe suína ocorre geralmente no outono, inverno e inicio da primavera, a transmissão se da de suíno para suíno através de gotículas e partículas de aerossóis que atingem a via nasofaringea.
Atualmente esta havendo uma epidemia de gripe suína que iniciou no México e se estendeu pelos Estados Unidos e Canadá, já existem casos registrados no Reino Unido, Nova Zelândia, Israel, Espanha, Áustria e mais alguns países da Europa e Oriente Médio. Essa gripe é uma mutação do vírus da gripe suína H1N1 conjugado com o vírus da Gripe humana e gripe aviaria tornando-se perigoso. As autoridades nacionais e internacionais já estão se mobilizando para evitar que aja uma pandemia e o vírus se espalhe pelo mundo. Lembrando que o vírus em geral é um parasita intracelular obrigatório ou seja só sobrevive no interior de células e não consegue se manter por muito tempo fora de organismos. Os riscos seriam de pessoas que estivessem nas regiões epidêmicas viessem a se contaminar com o vírus e posteriormente viajassem para outros países carregando o vírus, bem como animais trazidos dessas regiões. Os casos registrados nos países acima foram devido turistas que estavam no México voltaram contaminados a seus países de origem.
É importante desenvolver uma vacina contra a estirpe de vírus atualmente em circulação, de modo a proporcionar o máximo de proteção aos indivíduos vacinados. Para isso a OMS (Organização Mundial de Saúde) precisa ter acesso ao maior número possível de vírus, para poder selecionar o vírus mais adequado.
A crise no setor da suinocultura pode se agravar devido o desconhecimento sobre essa epidemia, países como China, Rússia, Indonésia, Coréia do Sul e Tailândia já cancelaram importações de carne suína provenientes dos EUA e México. (Embargo que pode favorecer as exportações brasileiras).
Segundo a OIE (Organização Internacional de Epizootias) deveria se chamar de gripe mexicana devido ter se iniciado no México, por ter genes da gripe humana e aviaria e principalmente por não haver surtos ou mortes em suínos causados pela doença e se quer há confirmação de animais infectados, os cientistas chamam de gripe “A” H1N1.
O consumo de carne suína não transmite gripe suína, lembrando de que a carne deve ser bem cosida ou bem assada e os vírus de modo geral não sobrevivem a temperaturas superiores a 70º. É importante que a classe Médico Veterinária fique atenta e informada a respeito e esclareça a população sobre a segurança do consumo de carne suína.

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